2 vilões que prejudicam seu orçamento

Ao pensarmos na prática do planejamento financeiro, percebemos que ainda são poucos que o fazem. Devido a isso, é comum que as pessoas se endividem e tenham o sentimento de que “o salário não dá”, “não sabem para onde foi dinheiro” ou “ganha pouco”.
Existem dois grandes vilões para o seu bolso. Eles têm o cuidado de serem invisíveis, imperceptíveis e lentos em sua atuação. São eles os pequenos gastos diários que são desnecessários e compras de bens que carregam passivos.
Os Pequenos gastos diários desnecessários são aqueles que você acredita que não há problema em ter por ser de baixo custo. Seja um lanche na padaria próxima da empresa, chopinho nos finais de tarde, café no meio da tarde etc. Esse vilão tem impacto maior principalmente em faixas de rendas menores.
Exemplo: Fazer um lanche rápido na parte da manhã e outro à tarde custará em torno de 20 reais numa lanchonete. Se você substituir essa prática pela compra no supermercado algo semelhante, o gasto diário será próximo de 10 reais por dia. Somando 24 dias úteis, será onerado no orçamento mensal 240 reais para fazer o lanche “fora”. Esse maior gasto ocorrerá de maneira sorrateira e imperceptível. Para quem possui uma renda maior, esse valor não terá grande impacto no orçamento, mas imagine um casal que não tenha uma renda alta: serão 480 reais mensais de gastos que poderiam estar sendo destinados para uma reserva financeira ou qualquer outra prioridade.
Bens que necessitarão de gastos regulares adicionais são chamados de bens que carregam passivos. A compra deles também é prejudicial ao orçamento. Por exemplo, casa de veraneio, lancha, chácara e veículos. Em relação aos veículos, na maioria das cidades brasileiras o transporte público é insatisfatório. Por isso, é compreensível o desejo da maioria pelo transporte individual (carro/moto). Porém, antes de efetuar uma compra, será que o veículo desejado caberá no orçamento? Será que um veículo de menor valor não seria mais compatível com sua renda? É necessário lembra de que existe depreciação, IPVA, seguro, revisão dentre outras despesas.
Ainda há a possibilidade de o veículo ser financiado. Nesse caso, haverá o custo dos juros. Esse cálculo é somente para manter o veículo parado, pois se decidir rodar haverá gastos com combustível, estacionamento, pneus etc. Uma saída para quem necessita do veículo com pouca frequência é analisar se não seria mais vantajoso optar por utilizar táxi ou aplicativos de transporte.
Será que esses vilões estão atrapalhando sua vida financeira? Será que não existem outros vilões imperceptíveis? Uma excelente ferramenta que poderá te proteger são os aplicativos para controle de gastos (controle financeiro). Além de te auxiliar em estabelecer/priorizar objetivos, ajudam em também alcançar uma vida financeira mais tranquila.
Luiz Augusto Victorino Alves Corrêa atua como assessor de Investimentos, com certificação PQO (Programa de Qualidade Operacional) pela Ouro Investimentos. É pós-graduado em MBA em Gerenciamento de Projetos pela Universidade de Cuiabá e graduado em Administração de Empresas pela Faculdade de Ciências Econômicas do Triângulo Mineiro.