Previdência privada: qual é a diferença entre VGBL e PGBL?

Os planos de previdência privada são uma excelente forma de incrementar a aposentadoria. Esses investimentos, que são oferecidos pelos bancos e fiscalizados pela Superintendência de Seguros Privados, se dividem em duas modalidades: VGBL e PGBL.
Com a perspectiva de mudança da pirâmide etária do Brasil e o déficit cada vez maior do INSS, a tendência é que as regras da previdência social endureçam. Por isso, é importante diversificar as suas garantias para o futuro de modo a não contar somente com a solução estatal.
Nas próximas linhas, vamos te explicar quais são as diferenças entre VGBL e PGBL. Acompanhe!
Afinal, o que são VGBL e PGBL?
Essas siglas significam, respectivamente, Vida Gerador de Benefícios Livre e Plano Gerador de Benefícios Livre. Consistem em duas modalidades de previdência privada que se distinguem pela forma de tributação e declaração no Imposto de Renda (IR).
Ao aderir a um plano, você poderá definir diversos parâmetros como: o valor das contribuições mensais, por quanto tempo você quer receber o dinheiro no futuro e se ele será pago mensal ou integralmente.
O modo de tributação, por sua vez, varia justamente de acordo com a opção entre VGBL e PGBL. Entenda as diferenças:
VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livre)
O VGBL é a modalidade mais indicada a quem declara o imposto de renda de forma simplificada ou é isento. Quem opta por esse plano não pode descontar as contribuições feitas ao longo do ano no seu IR.
Parece desvantajoso, mas há um lado positivo: no momento em que a quantia acumulada for sacada, o investidor pagará imposto somente sobre os rendimentos obtidos, não sobre o valor total do fundo.
Outra característica do VGBL é funcionar como um seguro de vida: a transferência dos seus recursos aos herdeiros após a morte, ou até mesmo em vida, não é objeto de cobrança de imposto de transmissão nem tampouco requer inventário.
PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livre)
Esse tipo de plano é recomendado para quem declara o imposto de renda de forma completa, já que o investidor pode deduzir o que aplicou durante o ano até o limite de 12% da sua renda bruta.
Os ganhos financeiros não são tributados enquanto o investidor faz as aplicações, mas somente no momento do saque, quando o cálculo do IR será baseado no valor total do fundo ou da parcela recebida — em outras palavras: tanto do dinheiro investido quanto dos rendimentos.
Uma vez que a cobrança do imposto no PGBL ocorre apenas no momento do saque, essa modalidade favorece o acúmulo de capital ao longo do tempo.
Quais são as formas de tributação?
Os planos de previdência privada possuem dois regimes tributários: progressivo e decrescente. É importante ressaltar que ambos podem ser escolhidos tanto para o VGBL quanto para o PGBL.
No regime progressivo, a tributação é baseada no valor que será resgatado. Esse modelo segue as mesmas alíquotas do imposto de renda aplicadas aos salários e, quanto mais elevada for a quantia resgatada, maior será o valor descontado.
Já no caso da tabela decrescente, que tem por objetivo estimular o investimento por longo prazo, os percentuais de imposto são baseados no tempo de contribuição. Nesse regime, quanto maior for o período de acumulação, menos você pagará.
Agora que você já conhece as diferenças entre VGBL e PGBL, que tal começar a investir em um plano de previdência privada a fim de garantir um futuro tranquilo? Há diversas opções disponíveis nos bancos, por isso, o ideal é buscar a ajuda de um consultor financeiro, que identificará a melhor oportunidade para o seu perfil.
Qual modalidade você acredita ser mais adequada para os seus planos futuros? Escreva nos comentários e conte os motivos!